Jacqueline Mazzei

28/07/2025 às 13:52

Já sabe como otimizar Impostos no mesmo exercício?

O encerramento de uma empresa é um processo que exige atenção a diversos detalhes, especialmente no que tange às obrigações fiscais e à otimização de impostos. Em , com as mudanças propostas pela Reforma Tributária e a constante evolução da legislação, torna-se ainda mais crucial que empresários e contadores estejam preparados para conduzir esse processo de forma estratégica, minimizando custos e evitando passivos futuros. 

Este artigo explora as principais considerações e estratégias para otimizar impostos no encerramento de empresa, garantindo um fechamento seguro e financeiramente eficiente. Você descobrirá como aproveitar as oportunidades fiscais disponíveis e evitar armadilhas que podem comprometer o patrimônio dos sócios. Para um suporte ainda mais personalizado, considere a expertise de um especialista da Mazzei. 

Por que a Otimização de Impostos é crucial no Encerramento de Empresas? 

O encerramento de empresa não se resume apenas a dar baixa no CNPJ. Trata-se de um procedimento complexo que envolve a liquidação de ativos, o pagamento de passivos e o cumprimento de uma série de obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias. Ignorar a otimização tributária nesse momento pode resultar em custos desnecessários, multas e até mesmo na responsabilização pessoal dos sócios por dívidas da pessoa jurídica. 

Um planejamento tributário eficaz no último exercício fiscal permite identificar oportunidades legais para reduzir a carga de impostos. Essas estratégias incluem o aproveitamento de créditos acumulados, a correta apuração de lucros e prejuízos, e a utilização de benefícios fiscais aplicáveis. Além disso, uma gestão cuidadosa evita que débitos sejam transferidos para o CPF dos sócios, protegendo o patrimônio pessoal e garantindo uma transição mais tranquila. 

Em um cenário de constantes mudanças na legislação tributária, como as que se avizinham com a Reforma Tributária em , a proatividade na otimização fiscal é um diferencial competitivo. Empresas que se antecipam e planejam o encerramento de suas atividades com base nas novas regras podem colher benefícios significativos, transformando um momento de descontinuidade em uma oportunidade de economia e segurança jurídica. 

Reforma Tributária 2025: O Cenário para o Encerramento de Empresas 

O ano de  se apresenta como um marco para o sistema tributário brasileiro, com a implementação gradual da Reforma Tributária. Embora as mudanças mais profundas, como a unificação de tributos (PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS) em um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e uma Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), estejam previstas para iniciar efetivamente em , o ano de  será crucial para a regulamentação e adaptação das empresas. 

Principais Mudanças e Impactos no Último Exercício 

A principal alteração que impactará o encerramento de empresas em 2025 é a necessidade de se preparar para um novo ambiente fiscal. A unificação dos tributos visa simplificar a apuração e eliminar a cumulatividade, mas exigirá das empresas uma revisão de seus processos internos e sistemas contábeis. 

Para o último exercício, isso significa que a apuração dos impostos remanescentes dos regimes antigos, bem como a transição para as novas regras, demandará um acompanhamento contábil e fiscal ainda mais rigoroso. Empresas que encerrarem suas atividades precisarão garantir que todas as obrigações acessórias referentes aos tributos antigos estejam devidamente cumpridas, além de se atentar para as novas exigências que surgirão com a regulamentação da reforma.

A falta de conformidade pode gerar multas e dificultar o processo de baixa do CNPJ. Por isso, é fundamental que empresários busquem orientação especializada para navegar por essas mudanças de forma segura e eficiente, preferencialmente com um especialista da Mazzei. 

Período de Transição e Novas Obrigações 

O período de transição da Reforma Tributária, que se estenderá até , trará desafios e oportunidades. Em , espera-se que a regulamentação detalhe como se dará a transição de créditos tributários acumulados e a apuração de impostos em um cenário de coexistência de sistemas. 

Empresas em processo de encerramento de empresa devem estar atentas a essas definições para maximizar o aproveitamento de créditos e evitar pagamentos indevidos. Além disso, a extinção da DIRF e a centralização das informações fiscais em um ambiente digital único, como a DCTFWeb, simplificaram algumas obrigações, mas exigirão adaptação aos novos formatos e prazos. 

A correta entrega dessas declarações no último exercício é fundamental para evitar pendências que possam impedir a baixa do CNPJ ou gerar responsabilização dos sócios. 

Planejamento Tributário Estratégico para o Encerramento 

O planejamento tributário é uma ferramenta essencial em qualquer fase da vida de uma empresa, mas ganha contornos ainda mais críticos no momento do encerramento. A correta aplicação de estratégias de elisão fiscal pode resultar em uma economia significativa, transformando o passivo fiscal em um processo mais gerenciável e menos oneroso. 

Análise do Regime Tributário e Aproveitamento de Créditos 

Antes de iniciar o processo de encerramento de empresa, é fundamental realizar uma análise aprofundada do regime tributário atual da empresa (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) e avaliar a possibilidade de uma mudança estratégica para o último exercício. Cada regime possui particularidades que podem impactar a apuração e o pagamento de impostos no momento da baixa.

No Lucro Real, por exemplo, a apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é baseada no lucro contábil ajustado, permitindo a dedução de despesas e a compensação de prejuízos fiscais acumulados. Empresas que acumularam prejuízos em exercícios anteriores podem utilizá-los para reduzir a base de cálculo do IRPJ e da CSLL no último exercício, minimizando o imposto a pagar. 

Para empresas do Lucro Presumido, a otimização de impostos pode vir da análise minuciosa das atividades e da correta classificação do CNAE, que influencia diretamente as alíquotas presumidas. A revisão de despesas dedutíveis e a identificação de créditos tributários não aproveitados, como PIS e COFINS sobre determinadas aquisições, também são estratégias válidas. 

Independentemente do regime, o levantamento e aproveitamento de todos os créditos tributários (ICMS, IPI, PIS, COFINS, etc.) é uma medida crucial. Muitas empresas deixam de aproveitar créditos por desconhecimento ou falta de organização, o que pode representar um valor considerável a ser recuperado no momento do encerramento. 

Distribuição de Lucros e Dividendos: Como Minimizar a Carga Fiscal 

A distribuição de lucros e dividendos aos sócios é um ponto de atenção no encerramento de empresas. No Brasil, a distribuição de lucros e dividendos é isenta de Imposto de Renda para a pessoa física beneficiária, desde que a empresa tenha apurado lucro e cumprido todas as formalidades contábeis e fiscais. 

No último exercício, é fundamental que a empresa realize a apuração e distribuição de todo o lucro acumulado, evitando que esses valores sejam tributados de outras formas ou que gerem questionamentos futuros por parte do fisco. A distribuição deve ser feita com base em balanços ou balancetes que demonstrem o lucro apurado, garantindo a legalidade da operação. 

Caso a empresa tenha apurado prejuízo fiscal, a distribuição de lucros não é permitida. Nesses casos, é importante avaliar outras estratégias, como a redução de capital social, que pode ter implicações tributárias diferentes e deve ser analisada com o auxílio de um profissional contábil da Mazzei Contábil. 

Venda de Ativos e Passivos: Estratégias para Redução de Impostos

No processo de encerramento de empresa, a venda de ativos (bens, equipamentos, imóveis) e a liquidação de passivos (dívidas, obrigações) são etapas que podem gerar impactos tributários significativos. O planejamento dessas operações é fundamental para otimizar impostos. 

Na venda de ativos, a apuração do ganho de capital pode gerar IRPJ e CSLL. É importante avaliar o valor contábil dos bens versus o valor de mercado, buscando estratégias para reduzir o ganho de capital tributável. A doação de bens para instituições de caridade, por exemplo, pode gerar benefícios fiscais em alguns casos. 

Em relação aos passivos, a negociação de dívidas com fornecedores, bancos e o próprio fisco pode resultar em descontos e parcelamentos que aliviam a situação financeira da empresa. É crucial que todas as dívidas sejam devidamente baixadas e que as certidões negativas de débitos sejam obtidas para que o processo de encerramento seja concluído sem entraves. 

Para dívidas tributárias, programas de parcelamento como o Refis podem ser uma alternativa para regularizar a situação fiscal da empresa antes do encerramento, evitando que as dívidas sejam redirecionadas para os sócios. 

O Processo de Baixa de CNPJ e as Obrigações Fiscais em  2025

O encerramento formal de uma empresa, com a baixa do CNPJ, é um procedimento que envolve diversas etapas burocráticas e o cumprimento de obrigações fiscais específicas. Ignorar qualquer uma dessas etapas pode resultar em problemas futuros, como a manutenção da responsabilidade dos sócios pelas dívidas da empresa. 

Documentação Necessária: Distrato Social e Certidões Negativas 

O primeiro passo formal para o encerramento de empresa é a elaboração do Distrato Social. Este documento formaliza a decisão dos sócios de encerrar as atividades da empresa, estabelece a partilha de bens e responsabilidades, e define o responsável pela liquidação. O Distrato Social deve ser registrado na Junta Comercial do estado onde a empresa está sediada.

Após o registro do Distrato Social, é fundamental obter as Certidões Negativas de Débitos (CNDs). Essas certidões comprovam que a empresa não possui pendências com os órgãos federais, estaduais e municipais, incluindo a Receita Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o FGTS e os órgãos fazendários estaduais e municipais. A emissão das CNDs é um pré-requisito para a baixa do CNPJ e garante que a empresa está regularizada perante o fisco. 

Declarações Fiscais Essenciais no Último Exercício 

Mesmo no processo de encerramento de empresa, a empresa deve cumprir com suas obrigações acessórias, que são as declarações e demonstrativos exigidos pelo fisco. Em , algumas dessas obrigações merecem atenção especial: 

  • DCTFWeb: A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb) já substituiu a Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) para a maioria das empresas. No encerramento, é crucial que todas as DCTFWebs referentes ao período de atividade da empresa estejam transmitidas e com os débitos devidamente recolhidos. 
  • DIRF: Embora a DIRF esteja em processo de extinção, com a centralização das informações no eSocial e na EFD-Reinf, a declaração referente ao ano-calendário de  (entregue em ) ainda será exigida para algumas situações. É fundamental verificar as regras específicas para o ano de encerramento da empresa. 
  • ECF: A ECF é uma obrigação anual que substitui a DIPJ e abrange as informações fiscais e contábeis das pessoas jurídicas. Mesmo no ano de encerramento, a ECF deve ser entregue, contendo as informações até a data da baixa do CNPJ. 
  • DASN-MEI: Para os Microempreendedores Individuais (MEIs) que encerrarem suas atividades, a DASN-MEI deve ser entregue com as informações referentes ao período em que a empresa esteve ativa. 

É importante ressaltar que o não cumprimento dessas obrigações pode gerar multas e impedir a efetivação da baixa do CNPJ, mantendo a empresa em situação irregular e sujeita a fiscalização. 

Cuidados com Pendências e Responsabilidade dos Sócios

Um dos maiores riscos no encerramento de empresa é a transferência de dívidas e responsabilidades para o patrimônio pessoal dos sócios. Mesmo após a baixa do CNPJ, os sócios podem ser responsabilizados por débitos tributários, trabalhistas e previdenciários que não foram devidamente quitados ou regularizados durante o processo de encerramento. 

Para evitar essa situação, é crucial realizar um levantamento completo de dívidas, priorizar a negociação e quitação de todas as pendências, contar com acompanhamento contábil e jurídico especializado, como o oferecido pela Mazzei, e dar atenção especial ao CNPJ inativo. Manter um CNPJ inativo sem o devido encerramento formal pode gerar diversas obrigações e multas, mesmo sem movimentação. 

Exemplos Práticos de Otimização Tributária no Encerramento 

Para ilustrar a importância e a aplicabilidade das estratégias de otimização de impostos no encerramento de empresa, apresentamos alguns exemplos práticos: 

Estudo de Caso : Empresa do Lucro Presumido 

A empresa “ABC Serviços Ltda.”, optante pelo Lucro Presumido, decidiu encerrar suas atividades em meados de . Ao realizar o planejamento tributário para o último exercício, a contabilidade identificou que a empresa possuía um volume considerável de despesas operacionais que, embora não fossem dedutíveis para fins de IRPJ e CSLL no Lucro Presumido, poderiam ser consideradas para fins de PIS e COFINS no regime cumulativo. 

Além disso, a empresa tinha créditos de ICMS acumulados de operações anteriores. Com o auxílio de um contador especializado, a “ABC Serviços” realizou uma análise detalhada de seus custos e despesas, reclassificando algumas delas para aproveitar ao máximo os créditos de PIS e COFINS. Adicionalmente, foi feito um levantamento dos créditos de ICMS, que foram utilizados para abater débitos do imposto antes do encerramento. 

Essa estratégia de otimização de impostos resultou em uma economia de aproximadamente % nos impostos a pagar no último exercício, permitindo que os sócios recebessem um valor maior na distribuição final de lucros.

Estudo de Caso : Negociação de Dívidas Tributárias 

A empresa “XYZ Comércio S.A.”, em processo de encerramento de empresa, possuía um passivo tributário significativo, incluindo débitos de IRPJ, CSLL e multas. A princípio, os sócios estavam preocupados com a possibilidade de terem que arcar com essas dívidas pessoalmente. 

No entanto, com a assessoria de um escritório de advocacia tributária, foi identificada a possibilidade de adesão a um programa de parcelamento fiscal oferecido pela Receita Federal, que permitia a negociação dos débitos com redução de multas e juros. A empresa conseguiu parcelar a dívida em condições favoráveis, quitando-a antes do encerramento formal. 

Essa ação não apenas evitou o redirecionamento da execução fiscal para os sócios, mas também liberou recursos que seriam utilizados para o pagamento integral da dívida, otimizando o fluxo de caixa da empresa no momento da liquidação. 

Conclusão: Encerre sua Empresa com Segurança e Economia em  2025!

O encerramento de empresa é um momento de transição que, se bem planejado, pode ser conduzido de forma eficiente e com a máxima otimização de impostos. Em , com as mudanças trazidas pela Reforma Tributária e a complexidade da legislação fiscal brasileira, a necessidade de um planejamento estratégico se torna ainda mais evidente. 

Desde a análise do regime tributário e o aproveitamento de créditos até a correta distribuição de lucros e a negociação de passivos, cada etapa do processo de encerramento de empresa oferece oportunidades para otimizar impostos. O cumprimento rigoroso das obrigações acessórias e a obtenção das certidões negativas de débitos são passos cruciais para garantir a segurança jurídica dos sócios e evitar problemas futuros. 

Contar com o apoio de profissionais especializados em contabilidade e direito tributário, como os da Mazzei, é um investimento que se traduz em economia e tranquilidade. Eles poderão guiar a empresa por todas as etapas do encerramento, identificando as melhores estratégias para otimizar impostos e assegurar que o processo seja concluído de forma legal, segura e financeiramente vantajosa. 

Ao adotar uma abordagem proativa e estratégica, os empresários podem encerrar suas atividades com a certeza de que fizeram o melhor para proteger seu patrimônio e garantir uma transição suave para novos desafios. A otimização de impostos no encerramento de empresa não é apenas uma possibilidade, mas uma necessidade para quem busca eficiência fiscal e segurança jurídica. 

Jacqueline Mazzei

Meu nome é Jacqueline Mazzei, sou contadora formada pela FIG/Unimesp desde 2010, filha do Arnaldo Mazzei, fundador do Grupo Mazzei Contábil. Sou casada, mãe de um príncipe e empresária.